sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Conde de Monte Cristo - Capítulo 111




 
CXI

EXPIAÇÃO




O
 Sr. de Villefort vira abrirem-se diante de si as fileiras da multidão, por mais compacta que esta fosse. As grandes dores são de tal respeitáveis que não há exemplo, mesmo nos tempos mais calamitosos, de a primeira reação de uma multidão não ter sido de simpatia perante uma grande catástrofe. Muitas pessoas odiadas têm sido assassinadas no meio de motins; raramente um desventurado, ainda que criminoso, foi insultado pelos homens que assistiam à sua condenação à morte. Villefort atravessou, portanto as alas de espectadores, guardas e funcionários do Palácio da Justiça, e retirou-se, reconhecido culpado por via da sua própria confissão, mas protegido pela sua dor.
Há situações de que os homens têm instintivamente consciência, mas que não podem comentar com a inteligência; o maior poeta, neste caso, é aquele que solta o grito mais veemente e natural. A multidão toma esse grito como se fosse um relato completo, e tem razão em contentar-se com ele, e mais razão ainda em o achar sublime quando é verdadeiro.
De resto, seria difícil dizer em que estado de alheamento se encontrava Villefort ao sair do Palácio da Justiça, descrever a febre que lhe fazia pulsar cada artéria, lhe retesava cada fibra, lhe intumescia, a ponto de quase a rebentar, cada veia e lhe dissecava cada ponto do corpo mortal em milhões de sofrimentos.
Villefort arrastou-se ao longo dos corredores guiado apenas pelo hábito. Arrancou dos ombros a toga magistral, não por ver conveniência em tirá-la, mas sim porque lhe pesava como um fardo esmagador, porque era uma túnica de Nesso, fértil em torturas.
Chegou cambaleante ao Pátio Dauphine, viu a sua carruagem, acordou o cocheiro ao abrir pessoalmente a portinhola, deixou-se cair nas almofadas e indicou com o dedo a direção do Arrabalde de Saint-Honoré. O cocheiro partiu.
Todo o peso do seu êxito em ruínas acabava de lhe desabar em cima da cabeça; esse peso esmagava-o, e ignorava com que conseqüências. Não as calculara; sentia-as, mas não interpretava o seu código como o íário assassino que comenta um artigo conhecido.
Tinha Deus no fundo do coração.
— Deus! — murmurava sem saber sequer o que dizia — Deus! Deus!
Só via Deus atrás da derrocada que acabava de se verificar. A carruagem rodava velozmente. Sacudido nas almofadas, Villefort sentiu qualquer coisa magoá-lo. Levou a mão ao objeto: era um leque esquecido pela Sra. de Villefort entre o assento e o encosto da carruagem. O leque lembrou-lhe uma coisa, e essa lembrança foi como que um relâmpago no meio da noite.
Villefort lembrou-se da mulher...
— Oh! — gritou, como se um ferro em brasa lhe atravessasse o coração.
Com efeito, havia uma hora que só tinha diante dos olhos um aspecto da sua miséria, mas eis que de repente se lhe apresentava outra ao espírito, e uma outra não menos terrível.
Armara em juiz inexorável com a mulher e condenara-a à morte; e ela, cheia de terror, consumida pelos remorsos, mergulhada na infâmia que ele lhe fizera sentir com a eloqüência da sua impecável virtude; ela, pobre mulher fraca e indefesa contra um poder absoluto e supremo, preparava-se talvez naquele momento para morrer!
Decorrera uma hora desde a sua condenação. Sem dúvida, naquele momento a mulher repassava na memória todos os seus crimes, pedia perdão a Deus, escrevia uma carta a implorar de joelhos o perdão do seu virtuoso marido, perdão que comprava com a sua morte...
Villefort soltou um novo grito de dor e de raiva.
— Oh, aquela mulher só se tornou criminosa porque casou comigo! — exclamou, agitando-se no cetim da carruagem — Resumo crime e ela apanhou o crime como se apanha o tifo, como se apanha a cólera, como se apanha a peste!... E eu castiguei-a!... Ousei dizer-lhe: “Arrependa-se e morre...” Eu! Oh, não, não! Ela viverá... me seguirá... vamos fugir, deixar a França, seguir em frente até onde a Terra possa nos levar. Falei-lhe de cadafalso!... Grande Deus, como ousei pronunciar tal palavra? Mas o cadafalso também me espera a mim!... Fugiremos... Sim, me confessarei a ela! Sim, lhe direi todos os dias, humilhando-me, que também cometi um crime... oh, a aliança do tigre com a serpente! Oh, digna mulher de um marido como eu!... É necessário que ela viva, que a minha infâmia empalideça a sua!
E Villefort partiu, em vez de descer o vidro da frente do cupé.
— Depressa, mais depressa! — gritou numa voz que fez saltar o cocheiro no assento.
Levados pelo medo, os cavalos voaram até casa.
— Sim, sim — repetia Villefort à medida que se aproximava de casa — É necessário que essa mulher viva, que se arrependa, que crie o meu filho, o meu pobre filho, o único, juntamente com o indestrutível velho, que sobreviveu à destruição da família! Ela ama-o; foi por ele que fez tudo. Nunca se deve desesperar do coração de uma mãe que ama o filho. Se arrependerá, ninguém saberá que é culpada. Os crimes cometidos em minha casa e de que a sociedade já murmura depressa serão esquecidos com o tempo. E se algum inimigo se lembrar deles... bom, o incluirei na minha lista de crimes. Um, dois ou três crimes mais que importa! A minha mulher se salvará e fugirá com o ouro, e sobretudo com o filho, para longe do abismo em que me parece que o mundo vai cair comigo. Viverá e será ainda feliz, pois todo o seu amor é para o filho e o filho não a deixará. Praticarei uma boa ação e isso conforta o coração.
E o Procurador Régio respirou mais livremente do que respirava havia muito tempo.
A carruagem parou no pátio do palácio.
Villefort saltou do estribo para a escadaria; viu os criados surpreendidos por o verem regressar tão cedo. Não leu mais nada nas suas fisionomias. Ninguém lhe dirigiu a palavra; pararam apenas diante dele, como de costume, para o deixarem passar, e mais nada.
Passou diante do quarto de Noirtier e distinguiu através da porta entreaberta como que duas sombras, mas não quis saber quem era a pessoa que estava com o pai; era para outro lado que as suas preocupações o puxavam.
— Vamos — disse, subindo a escadinha que conduzia ao patamar onde ficavam os aposentos da mulher e o quarto vazio de Valentine — Nada mudou aqui...
Antes de mais nada fechou a porta do patamar.
— Não quero que ninguém nos incomode — disse — Quero falar à vontade, acusar-me diante dela, dizer-lhe tudo...
Aproximou-se da porta e deitou a mão à maçaneta de cristal; a porta cedeu.
— Não está fechada! Bem... muito bem — murmurou.
E entrou na salinha onde à noite armavam uma cama para Edouard, pois, apesar de interno, Edouard vinha ficar em casa todas as noites, a mãe nunca quisera separar-se dele.
Abarcou num relance de olhos toda a salinha.
— Ninguém — disse — Está no quarto, sem dúvida...
E correu para a porta. Mas ali o fecho estava corrido.
Parou tremendo.
— Heloise! — gritou.
Pareceu-lhe ouvir arrastar um móvel.
— Heloise! — repetiu.
— Quem é? — perguntou a voz da mulher.
Pareceu-lhe que a voz era mais fraca do que de costume.
— Abra! Abra! — gritou Villefort — Sou eu!
Mas, apesar desta ordem, apesar do tom angustioso com que era dada, não abriram.
Villefort arrombou a porta com um pontapé.
A Sra. de Villefort estava de pé à entrada da sala que dava para o seu boudoir, pálida, com as feições contraídas e com uma fixidez assustadora nos olhos.
— Heloise! Heloise! — gritou o marido — Que tem? Fale!
A jovem senhora estendeu-lhe a mão hirta e lívida.
— Está feito, senhor — disse num arquejo que pareceu dilacerar-lhe a garganta — Que mais quer?
E caiu no tapete.
Villefort correu para ela e pegou-lhe na mão. A mão apertava convulsivamente um frasco de cristal com rolha de ouro.
A Sra. de Villefort estava morta.
Ébrio de horror, Villefort recuou até à entrada da sala e olhou o cadáver.
— Meu filho! — gritou de súbito — Onde está o meu filho? Edouard! Edouard!
E precipitou-se para fora dos aposentos da mulher, gritando:
— Edouard! Edouard!
Pronunciava este nome com tal acento de angústia que os criados acorreram.
— O meu filho! Onde está o meu filho? — perguntou Villefort — Afastem-no de casa; que não veja...
— O Sr. Edouard não está aqui em baixo, senhor — respondeu o criado de quarto.
— Deve estar brincando no jardim. Vão ver! Vão ver!
— Não, senhor. A senhora chamou o filho há cerca de meia-hora; o Sr. Edouard entrou nos aposentos da senhora e não voltou a descer.
Um suor gelado inundou a testa de Villefort, que escorregou no pavimento, e as idéias começaram a girar-lhe na cabeça como as engrenagens desordenadas de um relógio partido.
— Nos aposentos da senhora! — murmurou — Nos aposentos da senhora!...
E voltou lentamente para trás, limpando a testa com uma das mãos apoiando-se com a outra nas paredes. Quando entrou na sala teve de tornar a ver o corpo da pobre mulher. Para chamar Edouard teria de acordar os ecos daquela sala transformada em túmulo; falar era violar o silêncio da tumba. Villefort sentiu a língua paralisada na boca.
— Edouard, Edouard... — balbuciou.
O garoto não respondeu. Onde estaria o pequeno, que, no dizer dos criados, entrara nos aposentos da mãe e não saíra?
Villefort deu um passo em frente.
O cadáver da Sra. de Villefort estava caído atravessado na porta do boudoir em que inevitavelmente se devia encontrar Edouard. Aquele cadáver parecia velar no limiar com os olhos fixos e abertos e uma horrível e misteriosa ironia nos lábios. Atrás do cadáver, o reposteiro levantado deixava ver parte do boudoir, um piano vertical e a ponta de um sofá de cetim azul.
Villefort deu três ou quatro passos em frente e viu o filho deitado no canapé.
O garoto dormia, sem dúvida. O desgraçado teve um ímpeto de alegria indizível: um raio de pura luz descia ao inferno em que se debatia. Era apenas necessário passar por cima do cadáver, entrar no boudoir, tomar o pequeno nos braços e fugir com ele para longe, para muito longe.
Villefort já não era o homem que, devido a uma requintada corrupção, conserva o tipo de homem civilizado; era um tigre ferido de morte que ficou com os dentes quebrados no último ferimento.
Já não tinha medo dos preconceitos, mas tinha-o dos fantasmas. Tomou impulso e saltou por cima do cadáver como se se tratasse de transpor um braseiro devorador. Tomou o filho nos braços, apertou-o, sacudiu-o, chamou-o; o pequeno não respondeu. Colou os lábios ávidos às faces de Edouard, mas elas estavam lívidas e geladas. Apalpou-lhe os membros hirtos. Pôs-lhe a mão no coração, mas este já não batia.
O garoto estava morto.
Um papel dobrado em quatro caiu do peito de Edouard. Fulminado, Villefort deixou-se cair de joelhos; o pequeno escapou-lhe dos braços inertes e rolou para o lado da mãe. Villefort apanhou o papel, reconheceu a letra da mulher e percorreu-o avidamente.
Eis o que dizia:

Como sabe, era boa mãe, pois foi pelo meu filho que me tornei criminosa.
Uma boa mãe não parte sem o filho!

Villefort não podia acreditar nos seus olhos; Villefort não podia acreditar na sua razão. Arrastou-se para o corpo de Edouard, que examinou mais uma vez com a atenção minuciosa com que a leoa olha o seu leãozinho morto. Depois escapou-lhe do peito um grito dilacerante.
— Deus! — murmurou — Sempre Deus!...
Aquelas duas vítimas apavoravam-no e sentia apoderar de si o horror daquela solidão povoada por dois cadáveres. Pouco antes amparava-o a raiva, essa imensa faculdade dos homens fortes, e o desespero, essa virtude suprema da agonia, que impelia os Titãs a escalar o céu e Ájax a mostrar o punho aos deuses.
Villefort curvou a cabeça sob o peso da dor, levantou-se, sacudiu os cabelos úmidos de suor e eriçados de terror, e ele, que nunca tivera piedade de ninguém, foi procurar o velho pai para ter, na sua fraqueza, alguém com quem desabafar a sua desgraça, alguém junto de quem chorar. Desceu a escada que conhecemos e entrou nos aposentos de Noirtier.
Quando Villefort entrou, Noirtier parecia escutar com atenção e tão afetuosamente quanto lhe permitia a sua imobilidade o Abade Busoni, sempre tão calmo e frio como de costume.
Ao ver o abade, Villefort levou a mão à testa. O passado acudiu-lhe à memória, como uma dessas vagas cujo furor levanta mais espuma do que as outras. Recordou-se da visita que fizera ao abade dois dias depois do jantar de Auteuil e da visita que lhe fizera o próprio abade no dia da morte de Valentine.
— O senhor aqui? — observou — Então só aparece para escoltar a morte?...
Busoni levantou-se. Ao ver a alteração do rosto do magistrado, o brilho feroz dos seus olhos, compreendeu ou julgou compreender que a cena do tribunal se verificara; ignorava o resto.
— Estive uma vez aqui para rezar perante o corpo da sua filha — respondeu Busoni.
— E hoje, que veio fazer aqui?
— Vim dizer-lhe que já me pagou suficientemente a sua dívida e que a partir deste momento vou rezar a Deus para que se dê por satisfeito, tal como eu me dou.
— Meu Deus! — exclamou Villefort, recuando com o pânico nos olhos — Essa voz... não é a do Abade Busoni!
— Não.
O abade arrancou a sua falsa tonsura, sacudiu a cabeça, e os seus longos cabelos negros, deixando de estar comprimidos, caíram-lhe sobre os ombros e emolduraram-lhe o rosto másculo.
— É o rosto do Sr. de Monte Cristo! — gritou Villefort, com os olhos esgazeados.
— Ainda não é essa, Sr. Procurador Régio; procure melhor e mais longe.
— Essa voz... essa voz!... Onde a ouvi pela primeira vez?
— Ouviu-a pela primeira vez em Marselha, há vinte e três anos, no dia do seu noivado com Mademoiselle de Saint-Méran. Procure nos seus arquivos.
— Não é Busoni... não é Monte Cristo... meu Deus, é o inimigo oculto, implacável, mortal! Fiz qualquer coisa contra si em Marselha... oh, como sou infeliz!
— Sim, tem razão, é isso — perguntou o Conde, cruzando os braços no peito amplo — Procure, procure!
— Mas que lhe fiz eu?! — gritou Villefort, cujo espírito pairava já no limite em que se confundem a razão e a demência, nessa neblina que já não é sonho, mas ainda não é despertar — Que lhe fiz eu? Diga! Fale!
— Condenou-me a uma morte lenta e medonha, matou o meu pai e roubou-me o amor com a liberdade e a fortuna com o amor!
— Quem é o senhor? Quem é o senhor? Meu Deus!...
— Sou o fantasma do desventurado que o senhor sepultou nas masmorras do Castelo d’If. Esse fantasma, que conseguiu sair por fim da sua tumba, recebeu de Deus a máscara do Conde de Monte Cristo, e por Deus foi coberto de diamantes e ouro para que o senhor só hoje o reconhecesse.
— Ah, já te reconheço, já te reconheço! — exclamou o Procurador Régio — O senhor é...
— Edmond Dantés!
— O senhor é Edmond Dantés! — gritou o Procurador Régio, agarrando o Conde pelo pulso — Então, vem!
E arrastou-o pela escada, na qual Monte Cristo o seguiu, atônito, ignorando aonde o Procurador Régio o levava e pressentindo alguma nova catástrofe.
— Vê! Vê, Edmond Dantés! — disse, mostrando ao Conde o cadáver da mulher e o corpo do filho — Vê! Acha que está bem vingado?
Monte Cristo empalideceu perante o horrível espetáculo. Compreendeu que acabava de ultrapassar os direitos da vingança; compreendeu que já não podia dizer: “Deus é por mim e está comigo”. Lançou-se com um sentimento de angústia inexprimível sobre o corpo do garoto, abriu-lhe os olhos, apalpou-lhe o pulso e correu com ele para o quarto de Valentine, que fechou à chave...
— O meu filho! — gritou Villefort — Leva o cadáver do meu filho! Oh, maldição, maldição, que a morte caia sobre ti!
Quis correr atrás de Monte Cristo; mas como num sonho, sentiu os pés criarem raízes, os olhos dilatarem-se-lhe a ponto de quase lhe saltarem das órbitas, e os seus dedos recurvados no peito cravaram-se gradualmente na carne até o sangue lhe avermelhar as unhas. Por fim, as veias das têmporas encheram-se de espíritos irrequietos, que lhe levantaram a abóbada muito estreita do crânio e lhe mergulharam o cérebro num dilúvio de fogo.
Aquela imobilidade durou vários minutos, até se concluir a horrível subversão da razão. Então, soltou um grande grito, seguido de uma longa gargalhada, e precipitou-se para a escada.
Um quarto de hora depois, o quarto de Valentine voltou a abrir-se e o Conde de Monte Cristo reapareceu. Pálido, com os olhos tristes e o peito opresso, todas as feições daquele rosto habitualmente tão calmo e tão nobre estavam transtornadas pela dor. Trazia nos braços o garoto, ao qual nenhum socorro pudera restituir a vida.
Pôs um joelho no chão e depositou-o religiosamente ao pé da mãe, com a cabeça pousada no peito dela. Depois levantou-se, saiu e perguntou a um criado que encontrou na escada:
— Onde está o Sr. de Villefort?
Sem responder, o criado apontou para o lado do jardim. Monte Cristo desceu a escadaria, encaminhou-se para o lugar indicado e viu, no meio dos criados que formavam círculo à volta dele, Villefort, de enxada na mão a revolver a terra com uma espécie de raiva.
— Ainda não é aqui — dizia — Ainda não é aqui...
E cavava mais longe.
Monte Cristo aproximou-se dele e disse-lhe baixinho, em tom quase humilde:
— Perdeu um filho, mas...
Villefort interrompeu-o; não ouvira nem compreendera.
— Oh, hei de encontrá-lo! — gritou — Não está aqui, pois hei de encontrá-lo nem que tenha de procurá-lo até ao dia do Juízo Final.
Monte Cristo recuou aterrado.
— Enlouqueceu! — exclamou.
E como se receasse que as paredes da casa maldita se abatessem sobre si, correu para a rua, duvidando pela primeira vez que tivesse o direito de fazer o que fizera.
— Oh, basta, basta! — gritou — Salvemos o último.
Ao chegar a casa, Monte Cristo encontrou Morrel, que vagueava pelo palácio da Champs-Élysées, silencioso como um fantasma que esperasse o momento fixado por Deus para regressar ao seu túmulo.
— Prepare-se, Maximilien — disse-lhe com um sorriso — Saímos de Paris amanhã.
— Já não tem mais nada a fazer aqui? — perguntou Morrel.
— Não — respondeu Monte Cristo — E Deus queira que não tenha feito demais.




continua...





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Lei de ComimAs pessoas aceitarão sua idéia muito mais facilmente se você disser a elas que quem a criou foi Albert Einstein.
Lei de MurphyO companheirismo é essencial à sobrevivência. Ele dá ao inimigo outra pessoa em quem atirar.

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