quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Nova Página


A Nova Página específica para SÉRIES foi organizada, e está disponível clicando na página que está logo abaixo do cabeçalho do blog.

Aproveitem!


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Frase Curiosa"Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo: pelas próprias habilidades ou pela incompetência alheia." Jean de La Bruyère

domingo, 25 de dezembro de 2011

Os Natais de Zack e Cody


Os irmãos Cole e Dylan Sprouse ficaram famosos na década de 2000 por causa dos personagens Zack e Cody (respectivamente), que eles interpretavam. Foram duas séries e um Filme-Disney estrelados pelos irmãos gêmeos, em que eles interpretavam dois irmãos que sempre causavam problemas. Em dois episódios distintos, separados por vários anos, nós veremos abaixo dois especiais de Natal das séries Zack e Cody.


ZACK E CODY - GÊMEOS EM AÇÃO
[01x21] Natal no Tipton

Sinopse: Impedidos de sair do hotel pela neve nas ruas, os hóspedes do Tipton terão um Natal muito frio. Enquanto Cody, inocentemente, vê sinal da reaproximação de seus pais, Maddie tenta conseguir a todo custo um presente caro de London.


PARTE 1


PARTE 2





ZACK E CODY - GÊMEOS À ABORDO
[03x15] Um Conto da London*

Sinopse: O SSTipton está passando por uma quente região tropical próxima a América do Sul, e apesar do calor, todos no navio estão animados com a proximidade do Natal. Cody e Bailey estão reunindo doações para as crianças, e pedem ajuda a London, que se recusa no ato. Muito egoísta, London decide não dar nenhum presente a ninguém, nem mesmo Moseby. Mas a magia de Natal está no ar, e London poderá aprender uma lição importante.


PARTE 1



PARTE 2


Um Conto da London, que no original é "A London Carol", é uma óbvia relação com a história "A Christmas Carol", ou em português, Um Conto de Natal, de Charles Dickens, em que Scrooge, um velho egoísta e muquirana, recebe a visita de três fantasmas, e estes lhe mostram o verdadeiro espírito natalino.


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Frase Curiosa"Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo: pelas próprias habilidades ou pela incompetência alheia." Jean de La Bruyère

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Penúltima Postagem de Natal


Sendo que amanhã, 24 de Dezembro, véspera de natal, em minha família é considerado um dia muito importante, para se passar com a família e tudo mais, reunir os parentes e fazer aquela ceia, não haverá postagem amanhã.

Portando, o filme de hoje é a aquele que você talvez assista com sua família no dia de amanhã. Esse é o maior, sem sombra de dúvida, o melhor filme de Natal já feito, e nunca será superado. Nós não veremos truques de mágica e efeitos especiais, não veremos renas voando, nem veremos a fábrica do Papai Noel no Pólo Norte. Esse filme foi feito para se entender o verdadeiro significado do Natal, aquele que sempre esquecemos.

Esse filme não é novo, é de 1994, e para mim é o eterno e mais perfeito filme sobre a época natalina:


"Milagre na Rua 34" não é apenas um filme, é um clássico natalino que demonstra que o natal não é uma festa puramente fantasiosa, mas que depende da fé das pessoas nos conceitos mais elevados, como bondade, perdão, arrependimento, e outros.

O filme conta ainda com a atuação da jovem Mara Wilson, e o veterano Richard Attenborough.

Fotos dos dois abaixo:





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Frase Curiosa"Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo: pelas próprias habilidades ou pela incompetência alheia." Jean de La Bruyère

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Novo T.World


Novo ano, vida nova. A partir de hoje os leitores do T.World poderão aproveitar a nova cara do blog:

* Novo plano de fundo
Muito mais claro e agradável a vista do que o anterior.

* Novo cabeçalho
Que combina perfeitamente com o novo plano de fundo, tendo as mesmas qualidades.

* Novo Selo de Download.
Agora o Selo tem uma forma cúbica.


Espero que gostem.



Frase Curiosa"Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo: pelas próprias habilidades ou pela incompetência alheia." Jean de La Bruyère

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um Natal estranho, mas mesmo assim com final feliz!


Em mais uma postagem de Natal, eu trago a vocês um filme curiosamente diferente: "O Estranho Mundo de Jack". Eu, pessoalmente, gosto deste filme. Mas ele é controverso no modo como trata de Natal, e apesar de ser um filme dado a infantil, ele é melhor para os velhos, adolescentes e adultos, para entendermos o que é o Natal.

Não me entendam errado, não estou dizendo que crianças não podem assisti-lo, elas podem sim e certamente vão gostar das músicas. Mas a lição maior a ser aprendida requere um pouco mais de reflexão. Este não é um filme profundo. A mensagem a qual me refiro está nas entrelinhas, nos diálogos e ações.

Tenham um bom filme!






Frase Curiosa: Conjugando o verbo Facebook: Eu posto, Tu comentas, Ele curte, Nós compartilhamos, Vós publicais, Eles riem, Ninguém trabalha.
Frase CuriosaErrar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal é uma época de alegria!


Alguns vídeos de humor para alegrar o Natal dos leitores T.World:


COMERCIAIS:





O NATAL DO MR. BEAN

Parte 1






Parte 2






Parte 3







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sábado, 17 de dezembro de 2011

À todos, um Feliz Natal!


Como preparativos para o Natal, uma vez que nosso último livro terminou, nesses próximos dias o T.World trará material que tenham esse tema: os Festejos do Natal.

Um das minhas histórias favoritas, e a metade das pessoas nesse época do ano (o que torna o tema um tanto desgastado), é a história de "Um Conto de Natal", de Charles Dickens, desta vez sob a roupagem em 3D e atuação de Jim Carrey, no filme: Os Fantasmas de Scrooge.

À todos, um Feliz Natal!









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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE - capítulo 30




ÚLTIMO CAPÍTULO


30
A FÁBRICA DE CHOCOLATE DE CHARLIE


O imenso elevador de vidro estava pairando bem lá no alto, sobre a cidade. Dentro dele estavam o Sr. Wonka, Vovô José e o pequeno Charlie.
— Como eu adoro a minha fábrica de chocolate! — disse o Sr. Wonka, olhando para baixo. Virou-se para Charlie com expressão muito séria — Você também a adora, não é, Charlie? — perguntou.
— Claro que sim! Acho que é o lugar mais maravilhoso do mundo!
— Fico feliz em ouvir isso — continuou o Sr. Wonka, mais sério ainda. Continuou a encarar Charlie — É verdade. Sinto-me feliz em saber disso e vou explicar por quê.
O Sr. Wonka tombou a cabeça para o lado e as ruguinhas do seu sorriso apareceram nos cantos dos olhos.
— Veja, meu menino, resolvi dar a você esse lugar. Assim que você tiver idade para administrá-la, a fábrica será sua.
Charlie arregalou os olhos. Vovô José abriu a boca, mas não saiu nenhuma palavra.
— É verdade. Estou lhe dando tudo — disse o Sr. Wonka, agora com um sorriso largo — Você aceita, não é?
— Está dando a ele? — gaguejou Vovô José. — O senhor deve estar brincando!
— Não estou. É a pura verdade.
— Mas... mas por que iria dar a fábrica ao meu Charlie?
— Escute — replicou o Sr. Wonka — já sou um homem velho. Muito mais velho do que vocês imaginam. Não vou viver para sempre. Não tenho filhos nem família. Quem vai tomar conta da fábrica quando eu não conseguir mais fazê-lo? Alguém tem que mantê-la, nem que seja só pelos umpa-lumpas. É claro que há milhares de homens inteligentes que dariam tudo para ficar com a fábrica, mas não quero esse tipo de pessoa. Não quero um adulto, que não me escutaria, não aprenderia nada e iria fazer as coisas do jeito dele e não do meu. Prefiro uma criança. Uma criança boa, sensata, carinhosa, a quem eu possa contar todos os meus segredos mais doces e preciosos, enquanto ainda estiver vivo.
— Então foi por isso que soltou os Cupons Dourados? — perguntou Charlie.
— Exatamente! — disse o Sr. Wonka — Resolvi convidar cinco crianças para virem à fábrica e aquela de quem eu gostasse mais no fim do dia seria a vencedora!
— Mas, Sr. Wonka — gaguejou o velho José — quer dizer que o senhor está dando mesmo esta fábrica enorme ao Charlie? Afinal de contas...
— Não há tempo para discussão! — gritou o Sr. Wonka — Precisamos buscar o resto da família imediatamente. O pai de Charlie, a mãe, e quem estiver por perto. Todos podem morar na fábrica de agora em diante. Todos podem ajudar o Charlie até ele crescer o bastante para conseguir administrar a fábrica sozinho. Onde é que você mora, Charlie?
Charlie olhou pelo vidro as casas cobertas de neve.
— Ali. Aquela casinha bem no fim da cidade, aquela bem pequena!
— Estou vendo — disse o Sr. Wonka. Apertou mais alguns botões e o elevador foi indo em direção à casa de Charlie.
— Acho que minha mãe não virá conosco — disse Charlie, triste.
— Por que não?
— Porque ela não vai deixar a Vovó Josefina, a Vovó Jorgina e o Vovô Jorge.
— Mas eles têm que vir também.
— Não podem — disse Charlie — Eles são muito velhos e não saem da cama há vinte anos.
— Trazemos a cama junto — disse o Sr. Wonka — Neste elevador cabe muito bem uma cama.
— Não dá para tirar aquela cama de casa. Não passa pela porta — informou Vovô José.
— Não desanimem! Nada é impossível. Fiquem olhando.
O elevador estava sobre o telhado da casinha dos Bucket.
— O que pretende fazer agora? — perguntou Charlie.
— Vou buscá-los — disse o Sr. Wonka.
— Como? — perguntou Vovô José.
— Pelo telhado — disse o Sr. Wonka, apertando outro botão.
— Não! — gritou Charlie.
— Pare! — gritou Vovô José.
CRASH!
O elevador atravessou o telhado e entrou no quarto dos velhos. Um montão de pó, telhas quebradas, pedaços de madeira, baratas, aranhas, tijolos e cimento choveu sobre os três velhos que estavam na cama, e todos pensaram que fosse o fim do mundo. Vovó Jorgina desmaiou, Vovó Josefina deixou cair a dentadura, Vovô Jorge enfiou a cabeça debaixo do cobertor, e o Sr. e a Sra. Bucket vieram correndo da sala.
— Socorro! — gritou Vovó Josefina.
— Calma, minha mulherzinha querida. Somos nós — disse o Vovô José, saindo do elevador.
— Mamãe! — gritou Charlie, caindo nos braços da Sra. Bucket — Mamãe, mamãe! Veja o que aconteceu! Vamos todos morar na fábrica do Sr. Wonka e ajudá-lo a tomar conta dela e ele me deu tudo e... e... e...
— Que história mais maluca é essa? — perguntou a Sra. Bucket.
— Olhe só a nossa casa! Está em ruínas! Acabou! — disse o Sr. Bucket.
— Meu senhor — disse o Sr. Wonka, dando um passo à frente e apertando a mão do Sr. Bucket — Estou muito feliz por conhecê-lo! Não se preocupe com a casa. De agora em diante não irão precisar dela, mesmo.
— Quem é esse velho maluco? — gritou a Vovó Josefina — Podia ter matado todos nós.
— É o Sr. Wonka em pessoa — disse Vovô José.
Levou um bom tempo para o Vovô José e Charlie explicarem a todo mundo exatamente o que havia acontecido naquele dia. Mesmo assim todos se recusaram a ir para a fábrica no elevador.
— Prefiro morrer na minha cama! — berrou a Vovó Josefina.
— Eu também! — concordou a Vovó Jorgina.
— Eu me recuso a ir! — anunciou o Vovô Jorge.
O Sr. Wonka, Vovô José e Charlie, sem dar atenção à gritaria, enfiaram a cama no elevador. Puxaram o Sr. e a Sra. Bucket para dentro e entraram também. O Sr. Wonka apertou um botão. As portas se fecharam. Vovó Jorgina deu um berro. O elevador foi subindo, passou pelo buraco do teto e entrou no céu azul.
Charlie subiu na cama e tentou acalmar os três velhos, petrificados de medo.
— Por favor, não se assustem. É muito seguro! Estamos indo para o lugar mais bonito do mundo!
— Charlie está certo — disse Vovô José.
— Vamos ter o que comer? — perguntou Vovó Josefina — Estou morta de fome. A família inteira está morrendo de fome!
— O que comer? — disse Charlie, rindo — Esperem só para ver!
  




FIM!








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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE - capítulo 29





29
AS OUTRAS CRIANÇAS VOLTAM PARA CASA


— Antes de mais nada, temos que descer e dar uma olhada nos nossos amiguinhos — disse o Sr. Wonka. Apertou um outro botão e o elevador desceu. Logo estavam planando bem sobre a entrada da fábrica.
Olhando para baixo, Charlie via as crianças e os pais num pequeno grupo, ainda dentro da fábrica.
— Só estou vendo três. Quem está faltando? — perguntou ele.
— Deve ser o Miguel Tevel, mas ele vai aparecer logo. Está vendo os caminhões? — perguntou o Sr. Wonka, mostrando vários caminhões cobertos, enormes, estacionados em fila.
— Estou vendo, sim. Para que servem?
— Você se lembra do que estava escrito nos Cupons Dourados? Cada criança terá um suprimento de doces, para a vida inteira. Haverá um caminhão para cada uma, cheio até o teto — lembrou o Sr. Wonka — Ah, ah, lá vai o nosso amigo Augusto Glupe! Estão vendo? Acabou de entrar no primeiro caminhão, com o pai e a mãe!
— Tem certeza de que ele está bem? — perguntou Charlie, atônito — Mesmo depois de entrar por aquele cano?
— Ele está muito bem — afirmou o Sr. Wonka.
— Ele está diferente — disse o Vovô José, olhando pela janela do elevador — Era tão gorducho. Agora está magro como um palito!
— Claro — disse o Sr. Wonka, rindo — Ele foi espremido no cano, lembra? Olhe lá a Srta. Violeta Chataclete, a grande mascadora de chiclete! Parece que espremeram o suco dela. Fico muito satisfeito! Ela está com a cara muito saudável! Muito melhor do que antes!
— Mas o rosto dela está cor-de-rosa! — gritou Vovô José.
— Está mesmo. Quanto a isso, não podemos fazer nada.
— Nossa! — gritou Charlie — Vejam a coitada da Veroca Sal! E o Sr. Sal e a Sra. Sal! Cobertos de lixo!
— E lá vem o Miguel Tevel! — disse Vovô José — Nossa! O que fizeram com ele? Está com mais de três metros de altura e magro como um arame!
— Ele passou na máquina de esticar chiclete e acho que exageraram um pouco. Ah, que gente mais sem cuidado!
— Que coisa horrível para ele! — suspirou Charlie.
— Horrível nada — disse o Sr. Wonka — ele tem é muita sorte. Todos os times de basquete do país vão ficar atrás dele. Mas vamos esquecer essas crianças bobas. Tenho uma coisa muito importante para lhe dizer, meu querido Charlie.
Dizendo isso, o Sr. Wonka apertou outro botão e o elevador voltou a subir para o céu.





continua...







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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE - capítulo 28





28
SÓ FICOU CHARLIE


— Qual será a próxima sala? — perguntou o Sr. Wonka ao entrar no elevador Vamos depressa! Rápido! Quantas crianças sobraram?
Charlie olhou para o Vovô José e Vovô José para Charlie.
— Ora, Sr. Wonka, só o meu Charlie.
O Sr. Wonka virou-se e encarou Charlie.
Silêncio. Charlie ficou ali, quieto, segurando forte a mão do Vovô José.
— Quer dizer que você foi o único que sobrou? — perguntou o Sr. Wonka, fingindo surpresa.
— Foi sim senhor — sussurrou Charlie — Só eu.
O Sr. Wonka de repente explodiu de entusiasmo.
— Mas, meu garoto, isto quer dizer que você ganhou!
Saiu correndo do elevador e apertou a mão de Charlie com tanta força que quase a arrancou.
— Meus parabéns! — gritou o Sr. Wonka — parabéns mesmo! Estou encantado! Não poderia ser melhor! Que maravilha! Desde o começo eu tinha o palpite de que você seria o vencedor! Muito bem, Charlie, muito bem! É ma-ra-vi-lho-so! Agora é que a alegria vai começar! Mas não podemos nos atrasar. Temos ainda menos tempo a perder agora do que antes! Imagine tudo o que temos que providenciar, as pessoas que temos que buscar! Mas ainda bem que temos esse grande elevador para nos ajudar. Entre depressa, Charlie. Isso! Agora vou escolher o botão!
Os olhos azuis e brilhantes do Sr. Wonka se fixaram por um momento no rosto de Charlie. “Vai acontecer alguma maluquice”, pensou Charlie. Não estava com medo nem nervoso, só estava muito excitado. Tanto quanto Vovô José. O rosto do velho brilhava de contentamento a observar os movimentos do Sr. Wonka, que tentava alcançar um botão no teto do elevador. Charlie e Vovô José quase torceram o pescoço para ler o que estava escrito: PARA CIMA E ALÉM. “Para cima e além...”, pensou Charlie. “Como será essa sala?”
O Sr. Wonka apertou o botão. As portas de vidro se fecharam.
— Segurem-se! — gritou ele.
E então... VUM! O elevador subiu como um foguete.
— Iupii! — gritou Vovô José.
Charlie se agarrava às pernas do avô e o Sr. Wonka segurava o cordão preso no teto. Foram subindo, subindo, subindo. Desta vez subiram direto, sem viradas e chachoalhões; Charlie escutava o barulho do ar lá fora enquanto o elevador subia cada vez mais depressa.
— Iupiii — gritou Vovô José outra vez. — Iupii! Lá vamos nós!


— Mais depressa! — gritava o Sr. Wonka, batendo nas paredes do elevador com as mãos. — Mais depressa. Se não andar mais depressa não vamos conseguir!
— Conseguir o quê? — gritou Vovô José — O que temos que conseguir?
— Ah, esperem e verão — exclamou o Sr. Wonka — Há anos quero apertar esse botão, e até hoje não o fiz! Que vontade! Tive vontade, sim! Mas eu não agüentava a idéia de furar um buraco no teto da fábrica! Vamos lá, meninos. Para cima e além!
— O senhor não está querendo dizer... não está querendo dizer que esse elevador vai... — gaguejou Vovô José.
— É exatamente isso! — respondeu o Sr. Wonka. — Espere e verá! Para cima e além!
— Mas... mas... mas... é de vidro! — gritou Vovô José — Vai se despedaçar!
— Deveria — disse o Sr. Wonka, cada vez mais alegre — mas é vidro grosso, tudo bem!
O elevador subia cada vez mais depressa.
De repente CRASH! ouviram um barulhão lá em cima e o Vovô José gritou:
— Socorro! É o fim! Estamos fritos!
Animado, o Sr. Wonka dizia:
— Não estamos, não. Conseguimos! Saímos!
Na verdade o elevador havia atravessado o teto da fábrica e estava subindo para o céu como um foguete. O sol brilhava através do vidro e em cinco segundos alcançaram uma altura de três mil e trezentos metros.
— O elevador enlouqueceu! — gritou Vovô José.
— Não tenha medo! — disse o Sr. Wonka, com calma, e apertou outro botão. O elevador parou e ficou pairando no ar, como um helicóptero, por cima da fábrica e da cidade, que se estendia lá embaixo como um cartão postal. Olhando pelo chão de vidro em que pisavam, Charlie via as casinhas, as ruas e a neve que cobria tudo. Dava um pouco de medo estar pisando em chão de vidro, lá no céu. Parecia que a gente estava de pé em cima de nada.
— Tudo bem? — perguntou Vovô José — Como é que essa coisa se segura?
— Força-açúcar. Um milhão de força-açúcar! Olhem! — apontou o Sr. Wonka — lá estão as outras crianças! Estão voltando para casa!



 continua...







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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE - capítulo 27





27
MIGUEL TEVEL É TRANSMITIDO PELA TELEVISÃO


Ao ver a barra de chocolate ser transmitida pela TV, Miguel Tevel ficou mais entusiasmado ainda do que Vovô José.
— Mas, Sr. Wonka, dá para mandar outras coisas pelo ar, desse mesmo jeito? Cereais para o café da manhã, por exemplo?
— Ah, minha santa tia! Não fale dessa comida nojenta na minha frente. Sabe do que são feitos esses cereais? Daquelas raspinhas de madeira que se formam quando a gente aponta lápis.
— Mas, se a gente quisesse, daria para mandar pela TV, como o chocolate? — perguntou Miguel Tevel.
— Claro que daria!
— E gente? Dá para mandar uma pessoa viva de um lugar para o outro, do mesmo jeito?
— Uma pessoal Ficou maluco? — exclamou o Sr. Wonka.
— Mas daria para fazer isso?
— Nossa, menino! Nem sei... Pode ser... É... acho que sim... é claro que sim. Mas eu não arriscaria. Poderia ser desastroso...
Mas Miguel Tevel já tinha saído correndo. Assim que ouviu o Sr. Wonka dizer “acho que sim”, virou-se e saiu correndo em direção à câmera:
— Olhem só para mim! Vou ser a primeira pessoa a ser “transmitida” pela TV!
— Não, não, não! — gritou o Sr. Wonka.
— Miguel! Pare! Volte! Você vai virar picadinho! — gritou a Sra. Tevel.
Mas não dava mais para segurar o Miguel Tevel. O maluco correu direto para a alavanca da câmera, abrindo caminho entre os umpa-lumpas, aos empurrões.
— Até logo mais, minha gente! — ele gritou. E, empurrando a alavanca para baixo, mergulhou na luz brilhante das lentes poderosas.
Um raio ofuscante iluminou a sala. Depois, silêncio.
A Sra. Tevel avançou correndo... mas parou no meio da sala, olhando, estatelada, para o lugar onde o filho tinha estado... escancarou a boca enorme e vermelha e gritou:
— Ele sumiu! Ele sumiu!
— Puxa vida, ele sumiu mesmo — exclamou o Sr. Tevel.
O Sr. Wonka colocou a mão no ombro da Sra. Tevel.
— Vamos esperar pelo melhor — disse ele — Vamos rezar para o menino sair inteiro do outro lado da coisa.
— Miguel! — gritou a Sra. Tevel, levando as mãos à cabeça — Onde está você?
— Posso lhe dizer onde ele está — prontificou-se o Sr. Wonka — Voando por cima das nossas cabeças, dividido em milhões de pedacinhos!
— Não fale assim! — choramingou a Sra. Tevel.
— Precisamos assistir à televisão. Ele pode aparecer a qualquer momento — animou o Sr. Wonka.
O Sr. e a Sra. Tevel, o Vovô José e Charlie reuniram-se na frente da TV, ansiosos. Na tela não havia nada.
— Está demorando muito para voltar — disse o Sr. Tevel, enxugando o suor da testa.
— Ai, ai, ai, tomara que não fique faltando nenhuma parte dele — disse o Sr. Wonka.
— O que está querendo dizer? — perguntou o Sr. Tevel, zangado.
— Não quero alarmá-los, mas pode acontecer que só a metade dos pedacinhos seja transmitida ao televisor. Aconteceu na semana passada. Não sei por que, mas só a metade de um tablete apareceu no vídeo.
A Sra. Tevel soltou um grito de horror:
— Então pode ser que só meio Miguel volte para nós?
— Esperemos que seja, pelo menos, a metade de cima — disse o Sr. Tevel.
— Parem! Olhem a tela! Alguma coisa está acontecendo! — exclamou o Sr. Wonka.
A tela começou a piscar. Apareceram algumas ondas.
O Sr. Wonka ajustou um dos botões e as ondas sumiram. Devagar, muito devagar, a tela foi ficando cada vez mais brilhante.
— Está chegando! — urrou o Sr. Wonka. — É ele mesmo!
— Está inteiro? — perguntou a Sra. Tevel.
— Não tenho certeza. Ainda é cedo para dizer — respondeu o Sr. Wonka.
Meio embaçado, no começo, mas tornando-se cada vez mais nítido, Miguel Tevel apareceu na tela. Estava de pé, acenando para o público, e com um sorriso que ia de uma orelha à outra.
— Mas ele virou anão! — exclamou o Sr. Tevel.
— Miguel! — gritou a Sra. Tevel — você está bem? Inteirinho?
— Ele não vai crescer? — perguntou o Sr. Tevel.
— Fale comigo, Miguel. Diga alguma coisa! Diga que está bem! — pediu a Sra. Tevel.
Da tela saiu uma voz fininha, baixinha como um chiado de rato.
— Oi mãe, oi pai! Olhem só! A primeira pessoa transmitida pela televisão!
— Agarrem-no! — ordenou o Sr. Wonka — Depressa!
A Sra. Tevel estendeu a mão e puxou para fora da tela a figurinha de Miguel Tevel.
— Viva — gritou o Sr. Wonka — Está inteiro! Não aconteceu nada!
— O senhor chama isso de inteiro? — zangou-se a Sra. Tevel, olhando o garoto do tamanho de um dedo que corria pela palma da sua mão, brandindo seus revólveres. Não tinha mais do que 2,5 cm de altura.
— Ele encolheu! — disse o Sr. Tevel.
— Claro que encolheu — respondeu o Sr. Wonka — O que o senhor esperava?
— Mas é horrível! — chorava a Sra. Tevel — O que vamos fazer agora?
— Ele não pode voltar à escola. Vai ser esmagado! — soluçou o Sr. Tevel.
— Não vai conseguir fazer nada! — gritou a Sra. Tevel.
— Ah, posso sim! — disse a vozinha esganiçada do Miguel — Ainda posso assistir à televisão!
Nunca mais! — berrou o Sr. Tevel — Vou jogar o televisor pela janela assim que chegar em casa. Chega de televisão!
Ao escutar isso, Miguel Tevel começou a ter um ataque de birra. Pulava na palma da mão da mãe, gritando e se esgoelando, tentando morder os dedos dela.
— Eu quero assistir TV! — guinchava ele — Quero assistir TV! Eu quero! eu quero!


— Espere. Deixe esse pirralho comigo! — disse o Sr. Tevel. Pegou o garoto, enfiou-o no bolso do paletó e colocou o lenço por cima. Do bolso saíam gritos e guinchos, e ele se mexia furiosamente enquanto o prisioneiro tentava fugir.
— Ah, Sr. Wonka — implorou a Sra. Tevel — o que vamos fazer para ele crescer?
O Sr. Wonka passou a mão pela barba, olhando pensativamente para o teto:
— Na verdade, acho que não vai ser fácil. Mas meninos pequenos são muito maleáveis e elásticos. Têm uma capacidade enorme de esticar. Podemos colocá-lo na máquina especial de testar a elasticidade do chiclete. Talvez ele volte ao tamanho normal.
— Obrigada, obrigada! — exclamou a Sra. Tevel.
— De nada, de nada, minha senhora.
— Quanto o senhor acha que ele vai esticar? — perguntou o Sr. Tevel.
— Talvez alguns quilômetros. Quem sabe? Mas vai ficar muito magrinho. Todo mundo fica magrinho quando estica  —  respondeu  o  Sr. Wonka.
— Como chiclete? — perguntou o Sr. Tevel.
— Exatamente.
— Quanto ele vai pesar? — perguntou a Sra. Tevel, ansiosa.
— Não tenho a menor idéia. Mas na verdade não importa, porque vai ser fácil engordá-lo de novo. É só ele tomar uma dose tripla do meu Chocolate Super-vitaminado. O Chocolate Super-vitaminado contém muita vitamina A e B. E também vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina F, vitamina G, vitamina I, vitamina J, vitamina K, vitamina L, vitamina M, vitamina N, vitamina O, vitamina P, vitamina Q, vitamina R, vitamina T, vitamina U, vitamina V, vitamina W, vitamina X, vitamina Y, e, acredite ou não, vitamina Z. Só não tem vitamina S, que dá enjôo, e vitamina H, que faz crescer chifres na testa, como um touro. Mas tem uma quantidade bem pequena da vitamina mais rara e mais mágica de todas, a vitamina Wonka.
— E o que essa vitamina vai fazer com ele? — perguntou o Sr. Tevel, muito aflito.
— Vai fazer os dedos dos pés ficarem do tamanho dos dedos das mãos...
— Ah, não! — choramingou a Sra. Tevel.
— Não seja boba. Isso é ótimo. Ele vai poder tocar piano com os pés — esclareceu o Sr. Wonka.
— Mas, Sr. Wonka...
— Chega de discussão, por favor — irritou-se o Sr. Wonka. Afastou-se e estalou os dedos três vezes no ar. Imediatamente um umpa-lumpa perfilou-se ao seu lado — Siga estas instruções — disse o Sr. Wonka, entregando ao umpa-lumpa um pedaço de papel — O menino está no bolso do pai. Podem ir! Até logo, Sr. Tevel! Até logo, Sra. Tevel! E não fiquem tão preocupados! Tudo vai acabar bem, tudo...
Na extremidade da sala os umpa-lumpas à volta da câmera gigante já batiam seus pequenos tambores e começavam a dançar ao ritmo da música.
— Já vão começar de novo. Acho que não vamos conseguir fazê-los parar de cantar — disse o Sr. Wonka.
Charlie pegou a mão do Vovô José e os dois ficaram ao lado do Sr. Wonka, no meio da sala comprida e brilhante, escutando os umpa-lumpas. E eles cantaram:

Era e não era, que história maluca,
Será uma aventura ou uma arapuca?
Dos cinco do início da história
Só um vai obter a vitória.
Três já tomaram chá de sumiço.
Falta só um pra acabar o serviço.
Pois tem um sujeito que é um grande palhaço
E sempre se acha o bom do pedaço.
O tonto se chama Miguel Tevel,
Tem rima no nome e é um grande pastel.
Não lê, mal conversa, não pinta, não borda,
Não brinca de pique e nem pula corda.
O tonto só tem uma grande paixão,
Só pensa e só fala em televisão.
Deixa a TV o dia todo ligada
E nem vê o que presta, só vê patacoada.
Papo com ele não dá pra levar,
Por falta de assunto já vou terminar.
O cara é um chato, não tem outro jeito,
Vai ter que ir pro ar, e eu acho bem-feito.




 continua...








Frase Curiosa: Conjugando o verbo Facebook: Eu posto, Tu comentas, Ele curte, Nós compartilhamos, Vós publicais, Eles riem, Ninguém trabalha.
Frase CuriosaErrar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico.